sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pequeno ser*



Será que é bom ter essa sensação de sentir a transformação do nosso corpo, em saber que somos responsáveis pela vida de outros alguém, que você consegui amar mesmo sem saber como é? quem é? O que importa será uma grande benção, quero dormir com suas mãos acariciando minha barriga e acorda com você olhando fixamente pra mim enquanto eles mudam de posição, e como será quando for a hora, como vou me sentir... Tendo a sensação inexplicável de amar essas coisinhas maravilhosas, tão pequinininhas....



Quero sentir meu pequenininhos bem pertinho de mim, ter o prazer de amamentar, qual será a sensação que dá?
Tenho tantas vontades que às vezes até confundi minha cabeça.
Sei os momentos que quero, quero meus pequenininhos vindo nos acordar logo pela manhã "acorda pigriçinha, já dormiu de mais...", que coisa gostosa será em ouvir aquela vozinha logo pela manhã.
Poder contar historinhas de livro infantis para eles antes de irem dormir... Sentir aquele beijinho úmido de boa noite, na minha bochecha.
Desejo todos os dias, ter essa sensação, e lhe pergunto está preparado? Preparado ou não eles vem por aí... Algum dia, no inesperado som da madrugada desses nossos dias que são maravilhosos.

Um comentário:

Anônimo disse...

dizem que ouve um dia em que ele não se conteve, atirou tudo para o alto. Tirou da adega o vinho mais especial, escolheu taça, sentou-se no quintal. Um cão lhe fez companhia enquanto ele se deliciava com o licor dos deuses. Bebeu até que as pernas ficaram moles. Já era noite quando saiu e perambulou pelas ruas...no peito uma saudade de um ser, que ele jurava conhecer. Andou, naquela noite andou muito. Parou no meio da praça e olhou para o céu como se procurasse um sorriso que há muito havia perdido...imaginopu os olhinhos parecidos com o seus, as mãos, a cor da pele...Quem passou por lá o viu gargalhar e abrir os braços como se abraçasse alguém, e assim ficou por longo tempo. Podia sentir voz pequenina, mãos pequenas no meio das suas, os pezinhos...Chorou copiosamente e põs a culpa no vinho - Sim, o vinho e ele me abre portas que eu não devia abrir, sentir saudades que não devia sentir. Sabia que nesta existência esta necessidade e desejos não seriam saciados, mesmo assim gritou como se culpasse alguém ou algo e por um momento calou-se, pois sabia que era preciso merecimento e no fundo não se sentia merecedor. Abraçou a garrafa com o resto de vinho. A igrejinha do bairro chamava todos para a missa do galo. O cão fiel pareceu saudá-lo pela data. Abraçou o animal e adormeceu.