quarta-feira, 14 de abril de 2010

Um comentário:

Anônimo disse...

dizem que naquela manhã de domingo, em meio a espumas de mar e andorimhas perdidas em vôos razantes, ele procurou por ela, pela segunda vez em meses...quando a encontrou caminhava, tranquila, fazendo arabescos com as mãos e dezenhos na areia com a ponta dos pés...fitaram-se por instantes, como se não acreditassem...(o maravilhoso do futuro é não conhecê-lo). Assim, parados diante um do outros, sentiram os corações disparados, por fim caminharam lentamente, ainda sem acreditar nas imagens à frente de cada um, se olhassem para o céu veriam uma nuvem em forma de um rosto soprando um ar em suas direções...chegaram perto, não falaram nada, apenas tomaram as mãos e caminharam em direção ao mar. como se há muitos anos o tivessem feito, como se seguissem um roteiro, há muito ensaiado, e desejado...seguiram rumo ao mar, molhando os pés, as canelas, as coxas, e continuaram de mãos dadas como em ritual, uma onda mais travêssa os envolveu. Agarrados continuaram e trocaram um beijo de sol e sal...e veio uma onda e outra e outra e eles permaneceram juntos...e se amaram, e lavaram seus sexos na maré, e o nécatar das entranhas se misturaram com a imensidão do mar...